"Em uma hora de dança de salão é possível eliminar até 700 calorias. Quanto mais prática você tiver, maior será o gasto calórico porque vai seguir o ritmo com menos pausas", diz Claudia Zamberlan, especialista em fisiologia do exercício, de São Paulo. Uma coreografia agitada substitui a esteira e ainda tonifica os músculos das pernas, braços e abdômen. "As pernas são responsáveis pelos deslocamentos, o abdômen é exigido para manter o equilíbrio e a postura correta e, dependendo do tipo de dança, os braços também se movimentam bastante", explica Claudia. Apesar desses músculos ganharem tônus, a fisiologista recomenda praticar também um exercício localizado para fortalecer regiões específicas, como joelhos e coluna, e assim evitar lesões, já que o corpo se "requebra" inteiro. Junto com um shape mais bonito, aprender novos ritmos também mexe com sua mente e deixa você mais esperta. "Seguir uma coreografia trabalha coordenação motora, concentração, equilíbrio, agilidade e memória", explica Paulo Zogaib, fisiologista e professor da Unifesp, em São Paulo. Essas habilidades você percebe na própria dança, quando começa a fazer os passos com mais graça, mas também leva para o dia-a-dia, ao realizar melhor as suas tarefas. Neste pacote, você ainda lucra no social e vai fazer novos amigos ou até um namorado pé-de-valsa, por que não? Esta pode ser a queima calórica mais divertida que você já experimentou!
Entre no ritmo!
Para aproveitar todos os benefícios dessa atividade e arriscar seus primeiros passos na balada, o ideal é freqüentar um "Curso de Dança de Salão". Quem começa a fazer aulas entra no nível iniciante, em que aprende os passos básicos dos principais estilos. “Nessa etapa, os alunos desenvolvem coordenação motora, musicalidade e descobrem as várias possibilidades da dança. É então que encontram o ritmo que mais agrada e podem se aperfeiçoar nele”, explica Milena Malzoni, professora de dança de salão de São Paulo. Mesmo que no começo pareça difícil pegar o jeito e ainda sincronizar os passos com os do parceiro (o que é uma sensação absolutamente normal), depois de três meses de aulas você já vai fazer bonito até no sambarock, uma das modalidades mais difíceis de aprender. Veja ao lado o cardápio que a espera!
Para levantar seu astral
A dança está de mãos dadas com a música e essa dupla faz um bem danado para gente. A música acalma, tranqüiliza, traz alegria, estimula as sensações, toca as emoções e, do ponto de vista físico, dançar libera endorfinas. "É comum as pessoas chegarem à aula chateadas e saírem mais leves, dando risada", conta Carlinhos de Jesus, professor de dança do Rio de Janeiro. A atividade tem impacto até sobre a auto- estima. "Vejo meus alunos se transformando. Se nas primeiras semanas de aula eles chegam meio abatidos, com um ou dois meses já estão com corte de cabelo novo, roupa nova, mais perfumados e mais felizes", garante Carlinhos. A mudança, acredita ele, tem relação com a socialização que a dança promove. "Você conhece pessoas, tem contato físico com o parceiro, faz amigos e precisa ter energia, vitalidade. Em alguns casos, posso dizer que vale até como uma terapia."
1. BOLERO
RITMO LENTO - Gasta cerca de 354 calorias por hora
É uma dança com passos simples, basicamente o "dois pra cá, dois pra lá". O que faz grande diferença nesse ritmo é a postura dos parceiros, que precisa estar certinha, com o peito aberto e os ombros bem colocados. Por isso, o abdômen dos dançarinos tem de permanecer constantemente acionado. "O ritmo tem conquistado a moçada na voz de cantoras como Shakira e Gloria Estefan".
2. FORRÓ UNIVERSITÁRIO
RITMO MODERADO - Gasta cerca de 474 calorias por hora
Apesar do nome, não precisa ser universitário para dançar. Pelo contrário, esse é um ritmo super-democrático, dançado por pessoas de todas as idades e classes sociais. "O que a gente chama hoje de forró universitário é o xote, que antes só se dançava no Nordeste", explica Carlinhos de Jesus. Nesse ritmo, as pernas se deslocam bastante, mas os braços não se movimentam muito. Como o casal dança coladinho e as letras das músicas são bem românticas, é uma boa pedida para dançar com um parceiro especial.
3. SAMBA DE GAFIEIRA
RITMO MODERADO - Gasta cerca de 474 calorias por hora
Aqui, na maior parte do tempo, o casal samba bem juntinho. E para conseguir fazer as movimentações de pernas, que dependendo da música podem ser bem aceleradas, sem desequilibrar, o abdômen fica cotraído o tempo inteiro. Dá para dançar com vários tipos de músicas, de Maria Rita a Jorge Aragão, portanto a intensidade da dança e a queima calórica variam, dependendo do som escolhido. Não é difícil de aprender, mas como existem mais de 200 passos, você pode ficar anos descobrindo novidades sobre o samba de gafieira.
4. TANGO
RITMO MODERADO - Gasta cerca de 474 calorias por hora
Você vai precisar de força nas pernas, abdômen acionado e uma postura bem ereta para dançar esse ritmo que é o mais sensual de todos. "As pernas se movimentam muito no tango e o casal precisa estar sintonizado, dançar como se fossem uma pessoa só", explica Marcello Palladino, professor de dança da Palladino Dança Social. E por mais concentração e vaivém de pernas que exija, você vai se surpreender, porque essa dança é fácil de pegar.
5. SALSA
RITMO INTENSO - Gasta cerca de 594 calorias por hora
Prepare-se para suar e mexer o corpo inteiro. Quadris, pernas, braços e ombros não param, e haja fôlego, pois as músicas costumam ser bem longas. "Na salsa, os joelhos ficam semi-flexionados o tempo inteiro para dar mais mobilidade ao quadris", explica Marcello. Por isso, você vai fortalecer os músculos das coxas e também trabalhar o sistema cardiovascular, uma vez que as batidas são rápidas e as músicas animadas. A dança tem origem cubana, mas hoje é um dos ritmos preferidos da galera mais jovem aqui no Brasil.
6. SAMBA-ROCK
RITMO INTENSO - Gasta cerca de 594 calorias por hora
Mais do que fôlego, no samba-rock é preciso muita ginga e coordenação motora. É uma dança que tem bastante movimento de pernas e de braços e o casal precisa estar bem sincronizado e no mesmo nível de aprendizado da dança. "O samba-rock evolui numa lógica diferente dos outros ritmos, portanto, precisa de treino. Não dá para levar o parceiro, os dois precisam conhecer a dança", explica Marcello.
Fonte: Revista Boa Forma (07/06) por Marjori Umeda
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