sábado, 24 de setembro de 2011

“E se as damas conduzissem?”

Boa pergunta. 

Assisti recentemente a um casal dando um show de dança de salão descompromissadamente, apenas se divertindo. Movimentos que eu nunca tinha visto, impossível identificar alguma procedência da coreografia. 

A superioridade da força física do cavalheiro permitiu que ele literalmente fizesse a dama voar como uma boneca de pano desprovida de vontade. A beleza dos movimentos foi de arrepiar e agora fico imaginando se a dama conduzisse, quantos daqueles “voos” seriam possíveis. 

Mas a mulher tem outros atributos que a faz superior ao homem na dança de salão: graça e leveza de movimentos; percepção aguçada da intenção alheia; e capacidade de entregar seu corpo ao sabor das surpresas. 

Deixar-se conduzir corporalmente parece ser algo definitivamente muito mais difícil para a natureza masculina, não por uma questão paradigmática mas pela compleição com que a própria Natureza limitou a tal gênero: a capacidade de se doar.

Comentário por  Nivaldo Campana



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